quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Três meses de Luiza


E minha bebê está fazendo três meses hoje! Agora ela...

*Foi promovida na hierarquia bebezística e não é mais uma recém-nascida;
*Pesa 5kg e tem 59cm;
*Começou a controlar as mãozinhas e tentar alcançar alguns objetos (quase sempre em vão, rs);
*Ainda ama seu móbile, mas sem a música;
*Acorda de muito bom humor e dá gargalhadinhas quando entramos em seu quarto;
*Segue a voz do pai pela casa;
*Começou a enxergar o Batata;
*Ama tomar banho, e quando a viro para lavar as costas, ela se segura nas bordas da banheira e fica olhando para o espelho (preciso dar um jeito de filmar isso!!);
*Tomar banho no balde é o que resolve as situações mais loucas;
*Faz uma força enorme com o pescoço e consegue tirá-lo do apoio por 1 segundo;
*Enrola 1 hora para mamar, mas mama 180ml!
*Não tem mais cólica, ou tem um pouquinho de nada vez ou outra;
*Dorme a noite inteira;
*Fica acordada o dia inteiro;
*Fica enlouquecida de cansaço ao final do dia, mas não se entrega;
*Resolveu que é bem legal ficar com as mãos inteiras na boca;
*Fala cada vez mais palavras em Luizês;
*Deixou de ser a cópia da mamãe e até parece um pouquinho com o papai.

                Três meses parecem tão pouco, mas as coisas mudam tanto de uma semana a outra! É cansativo ficar o dia todo por conta desse bebezinho, e sinto muita falta da minha rotina, de trabalhar, de ter horários... Mas tudo compensa quando presencio um festival de risadinhas. Faço muito pela Lulu, mas nem de perto é o que ela faz por mim, pois sou uma pessoa mil vezes melhor por causa dela, mais altruísta, mais preocupada com o mundo, mais responsável, mais um monte de outras coisas. Obrigada, filha, você veio ao mundo para ser cuidada por mim, mas me fez evoluir um montão!
(Habilidades extremas desta mãe para lidar com imagens!)

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Sobre o Batata


Quando a Luiza nem sonhava em existir, eu perturbava muito meu até então noivo pois queria um cachorrinho, fofinho, peludinho, mimizinho. Meu noivo, como todo homem, negava até a morte, dá muito trabalho, dá muito gasto, a gente viaja muito etc etc etc. Alguns anos depois, já casada, continuei insistindo, e ele negando. Um dia porém, ele começou a amolecer, e paramos numa praça onde havia filhotes a venda. Me encantei com um Lhasa-Apso e perturbei o resto do dia. Pesquisei muitas raças, e decidi por essa,pois apesar de peludo, não soltava pelos, ficava bem sozinho, é de pequeno porte. Na mesma noite trouxemos a bolinha de pelo pra casa, e o marido escolheu esse nome, de cachorro de criança Batata.
                Resumindo a história, passou-se mais um ano e fiquei grávida. Procuramos muito sobre como adaptá-lo ao bebê e fizemos de tudo. Nunca impedimos sua entrada no quarto dela. Quando a Luiza nasceu, ele foi pra casa de um parente do meu marido. Eu sabia que não seria bom ele passar muito tempo fora de casa em épocas de mudança, mas ele sempre subiu na nossa cama, e eu, pós-cesárea, não podia correr o risco de ele pular em cima de mim, e nem podia levantá-lo, abaixar para recuperar as coisas que ele rouba... Ele acabou passando um mês na casa destes parentes, até eu estar liberada pelo médico para carregar mais peso, abaixar etc. Quando a Lulu ainda estava na maternidade, levaram roupinhas que ela havia usado para que ele pudesse cheirar.
Nos finais de semana ele ia lá em casa, e ficou extremamente curioso com aquela coisinha pequenininha que todo mundo segurava no colo, e que fazia um barulho esquisito e alto. Ele faltava pular no berço, e se pudesse, faria isso.

 Aí é que conto o único problema do Batata: ele late, MUITO, mesmo, do verbo late para caceeeeeeeeeeeeete! Ele acha que o corredor no andar em que moramos é dele, e pra ajudar, nossa porta é de frente para o elevador, e ele late incessantemente cada vez que que tem alguém ali. Ele também late para a sacada, agitando todos os cachorros da rua. Late para as motos que passam, para carros de som (oi, Haddad!), crianças correndo. E quando a Luiza chorava, ele latia. E quando ele latia loucamente para a porta, a Luiza acordava. Super fácil, né? Não.
Chamamos uma adestradora, mas era impossível que eu fizesse todo o “tratamento” sozinha, pois eu devia fechá-lo na sacada a cada vez que ele latisse (e já contei que ele late muito, do verbo late pra cacete né?). Conseguimos fazer as outras coisas que era necessário, mas isso não. Agimos como ela mandou em relação a latir PARA a Luiza e começou a funcionar. E ela começou a se acostumar com o barulho do latido dele e raramente se assusta.
Tudo resolvido? Não, claro que não, que se fosse eu resumiria esse post assim: Ah, no começo ele latia e ela assustava, mas passou. Há! O Batata resolveu ter uns surtos agressivos inexplicáveis e imprevisíveis. Começou roubando as chupetas da Luiza, e me mordeu feio quando fui pegar. A mesma coisa com meu marido. Uma vez, Luiza estava deitada na minha cama, ele subiu pra cheirá-la, e eu só coloquei a mão aberta na frente dele, para que ele cheirasse, mas não lambesse nem subisse nela, como sempre. Mas dessa vez ele surtou, resolveu que queria ir em cima dela sim, e começou a me atacar. Mordeu três vezes meu braço antes que eu conseguisse tirá-lo de cima da cama. Aí eu desesperei e nem queria mais ver o Batata na minha frente. Episódios assim se repetiram, e eu, apavorada, queria dar o Batata para outra família, #todosapedreja.
Na hora de levar o Batata embora, não consegui e deixei passar. Os episódios de agressão não se repetiram, e eu comecei a colocar  Luiza perto dele, de maneira que se ele reagisse de forma não esperada (ou esperada, mas indevida, vá lá), eu conseguiria tirá-la dali sem se machucar. Aí, dona de casa, aí sim fui surpreendida, porque o Batata se apavorava de medo da Luiza e fugia quando tentava colocá-la perto dele. Ele se aproximar, ok, ela se aproximar, RUN! Fiquei com dó do bichinho e tenho repetido isso às vezes. E na maior parte do tempo, ele não tá nem aí pra ela, e ela começou a enxergá-lo e segui-lo com o olhar às vezes. Agora vejo que valeu a pena ter insistido, apesar dos sustos, e acho que o futuro dessa casa será assim:

terça-feira, 18 de setembro de 2012

A primeira viagem da Luiza


E e meu marido sempre adoramos viajar, e viajamos o quanto pudemos até a Luiza chegar. Agora tivemos que acalmar um pouquinho os ânimos, mas como as coisas estavam caminhando bem (noites bem dormidas, bebê bem humorada etc), chegou o feriado da independência e decidimos aproveitar para ir para a chácara da família do marido, pois já não íamos havia algum tempo.
                Pois bem, primeira providência: comprar um berço desmontável. Como pretendemos viajar muuuuito com ela, já aproveitamos e compramos este acessório indispensável, já que, como contei, não conseguimos dormir com ela na cama. Aliás, dormir com o berço dela ao lado da nossa cama também não é nada fácil, ela se mexe demaaaais, e eu acordava com cada ruidinho. Sinceramente, não sei como as pessoas conseguem, dormi super mal!
                E então, a mala! Descobri que sou prática até demais. Fiz uma malinha básica, mas minhas amigas me alertaram que estava com coisa de menos, que eu precisava me prevenir e levar mais roupinhas. Pois bem, levei bastante, e realmente foram usadas. Menos as roupas quentes, pois a cidade é tipo filial do inferno no quesito temperatura (só nesse, que fique claro). Existe aquela regrinha básica: quando fizer suas malas, termine e tire a metade das coisas. Pois bem, quando se trata de bebês, a regra muda, termine e coloque o DOBRO de coisas.
                Ok, mala reabastecida, toalha, toalha reserva, lençol, lençol reserva, fraldas, fraldas reservas, e reserva para as fraldas reservas. Tylenol, Funchobaby, Mylicon, banheira dobrável (Eu <3 coisas dobráveis), TOMADA CONTRA PERNILONGOS, mamadeiras mil [PAUSA: que saco não ter microondas para esterilizar as benditas], leite... tudo pronto.
                AMAMOS! Ela continuou calma e bem humorada, descobriu o que era calor, pernas de fora, roupas curtas, chapéu pro sol, deitar na grama, foi paparicada pelos primos, tios, avôs, bisa... Foi o máximo, fiquei animadíssima de ver que com algumas alterações, podemos continuar planejando viagens. Pretendemos ir para algum hotel próximo ainda este ano!
                Claro que acabei me cansando, principalmente pra reorganizar todo o arsenal levado. Até mudei o dia da faxineira/passadeira (quem vem às segundas) para dar tempo de lavar tudo! Mas será que valeu a pena?


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O projeto de rotina


Disse que contaria como as coisas andam por aqui, não? Então lá vai, mas vou pular o capítulo da amamentação, por pura falta de vontade de falar sobre isso. Então basta saber que aos 18 dias de vida a Luiza passou a ser alimentada por fórmula infantil. Ok, continuando...
                E Lulu-Linda entrou num esquema de mamar de 4 em 4 horas, assim, um reloginho. Depois de quatro horas da mamada anterior, chorava de fome e mamava, pronto. Após algumas mamadas ela dormia (à noite ela dormia fácil), mas durante o dia nem sempre dormia...
                Aí um dia ela chorou após 3 horas do início da mamada anterior. Achei estranho, mas claro que dei né (alôoooo Nana Nenê, não vou deixar minha filha chorar de fome, ok?). E assim passou o resto do dia. Quando chegou a noite, tanammmm, dormiu 5 horas seguidas. É, amiga dona de casa! Com 1 mês de vida ganhei esse presente.
                E agora as coisas estão assim: durante o dia ela simplesmente não dorme (falei que quase nunca dormia antes né? Agora é nunca mesmo), e lá pras 22:00 ela dorme. Ai VAREIA. Ela muitas vezes acorda às 2:00 ou 4:00, mama e dorme mais um tanto, mas tem noites, como esta, que dorme direto. Ontem dormiu às 22:00 e acordou só às 6:00! Dancinha da alegria:

               
  Invariavelmente (é a única coisa invariável aqui em casa...) Lulu acorda às 6:00 e aí não há santo, pai, mãe ou cachorro que a faça dormir no berço de novo. Essa hora ela mama de novo e a coloco na minha cama, assim ela dorme, e é a única hora do dia que ela dorme. Não curto colocar bebê na minha cama, não conseguiria dormir, mas como à noite ela sempre fica no berço dela, e de manhã somos só nos duas, sucumbi e prefiro seguir assim do que caçar briga. A soneca vai geralmente das 7:00 até umas 9:00, mas isso sim VAREIA.
                Agora, falando de rotina propriamente dita, deu pra ver que aqui rola uma rotina-pero-no-mucho né? Eu sigo as necessidades da Luiza, pois acho muita maldade enrolar um bebê com fome e alimentá-lo só na hora que eu acho que deve, e também acho falta de respeito entuchar mamadeira num bebê que nem quer, ou que está dormindo (Alô Adestradora Encantadora de Bebês!!).  MAS desde que ela nasceu algumas coisas aqui em casa não mudam:
-Ela dorme no berço dela, no quarto dela;
-Durante a noite o quarto fica escurinho;
-Ela é trocada ANTES de mamar, pois mesmo arrotando, ela acaba regurgitando frequentemente se a coloco deitada após mamar. Claro que quando rola um cocô, troco o mais breve possível;
-Quando acorda de madrugada para mamar, só troco sua fralda se estiver de cocô. Fralda noturna da Mônica, te amo!
-Nas acordadas e trocas da madruga-boladona, não acendo a luz e não brinco com ela. Troco só com a luz do corredor. Tem vezes em que ela acorda 3:00 da manhã e em vez de chorar, fica gargalhando pro móbile dela. Lindo? É, uma graça, mas aí ela fica eufórica e não dorme mais, então já cheguei a tirar o móbile do berço ou cobri-lo para que não haja estimulação.
                Com esse projeto de rotina, está tudo caminhando bem por aqui, e desde os primeiros dias de vida ela já diferenciava dia e noite, pois os períodos mais longos de sono eram durante a noite mesmo.
                Agora, elementos que ajudam:
*Chupeta: detesto criança grande que faz tudo com a chupeta na boca: brinca, fala, corre... Mas não sou nada contra a chupeta. Quando grávida, encomendei este modelo dos EUA, que imita o formato daspeita da mãe.
E a Lulu só pega a chupeta quando está querendo pegar no sono, fala se essa minha filha não entende as preocupações da mãe?

*Este cueirinho fofo com velcro:  (o nosso é da Baby Bee mesmo). Ajuda muito, pois diversas vezes ela está pegando no sono, e então mexe os bracinhos, se assusta, chora, desperta... enfim... Esse casulinho aí contribui para que ela durma mais horas seguidas durante a noite, pois quando acorda, volta a dormir sozinha em seguida.
*A música estranha: quem conhece “O bebê mais feliz do pedaço” (indico MUITO) sabe que os bebês curtem um shhhhhhhhhh no ouvido né? E não é suave não, é fortão mesmo. E em um dia de choro enlouquecedor (para mim e para ela), achei um vídeo bizarro no youtube, mas o som a acalmou imediatamente. Baixei só o som, coloquei num radiozinho que usa pen-drive, e agora este rádio mora no quarto dela. Quando ela está relutando em dormir, enrolo do cueiro, coloco a chupeta e dou o play na musica estranha:

*Banho de balde: Lulu amooooou ficar lá sentadinha. Quando sinto que ela está agitadinha, este banho precede a última troca/mamada do dia, e fica tudo lindo!

UFA! Enorme!!
Próximo post: a primeira viagem da Luiza!
                
domingo, 2 de setembro de 2012

Manual de boas maneiras com mamães e bebês

(Porque tem gente que merece esse selo...)


Depois de ter ficado chocada com uma senhorinha fofa que delicadamente entrou na minha frente (eu estava com as mãos no carrinho da Luiza) e enfiou as mãozonas que ela tirou sabe-se lá de onde na minha bebê, resolvi fazer esse post. Podem me achar exagerada, mas um pouquinho de cuidado não faz mal a ninguém...

1-      Pergunte antes se você pode pegar o bebê no colo, não vá tirando do berço / carrinho / bebê conforto. A mãe pode estar tentando fazer o bebê dormir, se acalmar, fazer força... enfim. Não custa perguntar.

2-      Antes de pegar o bebê, lave as mãos. Pode parecer bobo, mas é importante. Perdi a conta do tanto de visitas que não fez isso e eu, boba, fiquei sem coragem de pedir.

3-      Se estiver tossindo, espirrando, com mal estar, NÃO VÁ VISITAR O BEBÊ.

4-      Se for visitar um recém-nascido, seja breve e não fique fazendo hora, tomando lanche (que a recém-parida-zumbi é quem teve que preparar) e largando a louça pra recém-parida-zumbi lavar.

5-      NÃO SE META em assuntos que não fazem a mínima diferença para você, mas que são delicados para a mãe. É, estou falando do parto. Ficava super constrangida quando era obrigada a ouvir “Ué, você não conseguiu normal?”. Não, não consegui (dá pra usar uma expressão mais delicada?), próximo assunto, por favor!

6-      Seja discreta enquanto a mãe estiver amamentando. Veja bem, eu disse DISCRETA, no feminino. Se for homem, saia de perto. Tive que ficar lá, olheiras, corte doendo, cansaço e equilibrando o bebê, a almofada pra amamentação, a fraldinha e o caramba pra não ser tachada EU de indiscreta cospeito pra fora.

7-      Se o bebê estiver chorando loucamente, não queira tirá-lo do colo da mãe para acalmá-lo. Você deve mesmo estar tentando ajudar, mas é bem sem noção fazer isso. Ofereça ajuda, pergunte se pode mostrar um jeito diferente de segurar... mas chegar e pegar é chato, né?

8-      Se você for muito íntima da mãe, esqueça tudo o que eu falei. Seja sem noção se quiser, porque sua amiga vai te falar e vai ficar tudo bem =)

PS: HAAAAAAAAAAAAAA lembrei! Lembrei de uma coisa que precisava falar! Recebi visitas no dia exato que Lulu fez um mês, e uma das pessoas teve a coragem de falar pra família toda presente: “A Renata tá gordinha, né?” Haaaaaaaaaaaa!!!! SANGUENOZÓI define meu estado! Além de mal educada é cega, né? Posso até ter uma pancinha que não me pertencia, mas mas mas mas... eu to pesando 47kg, minha gente! 
quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Sobre minha vasta experiência como mãe há 1 mês e 3 semanas (ou ondeeee vende o manual???)




Minha amiga Bruna me perguntou se eu não ia mais escrever aqui, aí resolvi voltar, mesmo que seja só um espaço pra desabafar mesmo, não me deixar esquecer dessa fase louca rápida da vida da Luiza.
                E então que essas semanas passaram depressa, mas ao mesmo tempo parece que eu sempre fui mãe da Lu, que ela tá aqui há muito tempo. Não dá mais pra imaginar a vida sem ela <3
                Aí que os primeiros dias em casa foram terríveis. Muito terríveis. Aquele amor absurdo e incondicional de mãe não bateu, eu ia fazendo tudo no automático, sem felicidade alguma, fora o cansaço... Sim, aqui começa s parte “Onde vende o manual?”: no hospital, me mandaram amamentar de 3 em 3 horas, 20 minutos em cada seio, e mantê-la acordada a todo custo. Se demorasse mais pra mamar e mais para dormir, significa que descansaríamos entre 1 e duas horas seguidas apenas. Depois das três horas do início da mamada anterior, eu tinha que amamentá-la novamente, acordá-la se estivesse dormindo, tirar toda sua roupa (no hospital deixaram só de fralda, lembrando que ela nasceu num frio do cacete violento)...
                E eu me arrastando, pois quando ela despertava, não voltava a dormir e emendava uma mamada na outra acordada. Quando finalmente dormia, já era hora de acordar...  Aí chegou uma tarde em que meu marido me chamou: “Já passaram 3 horas”. Perguntei da Luiza e ela estava dormindo. O que eu fiz? Não levantei. Não tinha forças. Continuei dormindo e deixei minha filha dormir. Desespero na família, meus pais vieram pra casa, me consolaram, me obrigaram a comer. A essa altura já tava alimentada e descansada, e Lulu acordou e mamou, sem precisar ficar pelada pra não dormir.
                A partir daí resolvi seguir os horários dela, e para minha surpresa, minha filha linda e pontual passou a mamar a cada quatro horas. Na consulta, já havia recuperado o peso perdido, então tudo certo...
                Os padrões foram mudando muito depois disso, vai ficar grande demais para um dia só. Então aguardemos cenas dos próximos capítulos:

-Como deixei de amamentar (ou uma história para não se inspirar);
-A felicidade e o amor absurdo que chegou com força;
-A rotina que estamos fazendo por aqui (depois de ler o pessoal no nana nenê e do attachment parenting)
Beijos meus e da Lulu!
quinta-feira, 10 de maio de 2012

Os medos e as decisões

             Eu ainda nem tenho a autoridade de uma mãe para dar conselhos, ou validar minha opinião em uma discussão dizendo: “Ah, mas com a minha filha eu fiz assim”. O fato é que com credibilidade ou sem, a grávida já tem que tomar mil decisões e passa por muitos medos.
Ok, nem toda grávida toma tantas decisões assim, mas eu sou essa criatura neurótica que adora um planejamento, então pesquiso sobre todas as questões que possam ser relevantes a uma mãe pelo primeiro ano da cria. Então me pergunte tudo sobre: parto, amamentação, sono do bebê, alimentação, picos de crescimento, atividades. Eu sei tudo a teoria toda.
                Mas aí um pedacinho ponderado que reside neste ser que acha que tem controle de tudo ansioso  me diz que não é bem assim, e eu decidi que pesquisei o suficiente para saber o que é melhor, e vou tentar chegar o mais próximo disso possível, mas sem enlouquecer. Quem não sabe que amamentar é a melhor coisa que uma mãe pode fazer ao seu filho? Também sabemos que até os 6 meses, a criança não precisa de mais nada além do leite materno, nem água. Por isso vou fazer o que estiver ao meu alcance para tornar isso uma realidade. E se eu chegar no meu limite? Que pena, então verei a próxima opção, mais parecida com a primeira. Assim, sem drama. Vejam como eu planejo até meu sentimento de frustração (e me lembrem disso quando em me frustrar de fato e me desesperar, por favor).

                Agora então chegamos a uma decisão que está mais próxima: o parto. MEU DEUS, será que alguém entende que eu tenho medo de qualquer forma de parto? O parto normal com intervenções me assusta, pois queria ser eu a decidir se quero e quando quero analgesia, episiotomia e tudo o mais. O natural me apavora, não evolui meu espírito a ponto de achar lindo passar mil horas em sofrimento trabalho de parto. E nem falo do medo da recuperação da cesárea e seu enorme corte em 7 camadas. Qualquer radicalzinho chato ou mãe perfeita que falar que eu devia ter pensado nisso antes de engravidar ganha meu desprezo eterno.
                O que quero dizer é que desejei muito esta gravidez, tento levá-la da melhor forma possível, leio muito sobre maternidade, e ter medo de qualquer forma de parto não me faz menos mãe, ou menos merecedora da maternidade.
                Alguns pequenos complicadores surgem no meio do caminho para o parto normal. Os defensores dirão que nada é justificativa válida, os cesaristas dirão que cesárea é linda e prática. Não gosto de nenhuma das duas resoluções. A conclusão que eu cheguei é que nunca mais na vida opino, sequer pergunto sobre o parto de ninguém. Eu vou só apoiar, concordando ou não. Agora é assim: “Vai esperar pelo parto normal? Maravilha, é melhor mesmo para você e para o bebê, parabéns”; “Ah, vai ser cesárea? Parto normal é assustador mesmo, né? Parabéns”. E juro que não tem um pingo de falsidade em nenhum dos dois comentários.
                Enquanto a próxima consulta do pré-natal não chega, só digo isso: tenho medo, de tudo, mas a Luiza vai nascer, pela porta ou pela janela, e vai ser muito bem cuidada e amada, por uma mãe rastejante recém-operada ou rastejante só de cansaço mesmo. 

Quem somos

Renata, a mãe, esposa e professora. Luiza, a bebê linda, nascida em 04/07/2012.
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